O primeiro-ministro demissionário António Costa não esqueceu, na noite desta sexta-feira, a sua mulher na lista de agradecimentos que fez no 24.º Congresso Nacional do Partido Socialista (PS), emocionando-se, tal como já aconteceu no passado, ao falar de Fernanda Tadeu.
“Há 42 anos que venho a congressos. Este é o vigésimo e, portanto, não é altura para me emocionar. Mas quero agradecer muito à minha mulher, que verdadeiramente merecia ser militante honorária do PS”, disse António Costa no seu discurso de despedida, ao fim de nove anos como secretário-geral socialista.
Mais, o primeiro-ministro aproveitou para fazer uma pequena graça no fim do discurso, ‘corrigindo’ o que tinha acabado de dizer: “Ou melhor, [a Fernanda] merecia ser militante honorária da Juventude Socialista”.
A brincadeira arrancou sorrisos na FIL, recheada de socialistas para o primeiro dia do Congresso Nacional do partido, em que o secretário-geral Pedro Nuno Santos se estreou como líder.
Esta não foi, no entanto, a primeira vez que Costa fez questão de mencionar a sua mulher, emocionando-se no processo.
A 12 de novembro, no rescaldo do anúncio da sua demissão, o primeiro-ministro fazia uma declaração ao país desde a sua residência oficial, em São Bento. Lá, sentada no chão junto aos jornalistas, estava Fernanda Tadeu. “Há gestos de carinho que não têm explicação, só gratidão. Como é sabido não gosto de expressar os meus sentimentos em público”, disse, emocionando-se ao falar da mulher com quem está casado há mais de 30 anos.
Dias antes, a 7 de novembro, quando anunciava a sua demissão, também se emocionou a falar da mulher. “Uma palavra muito sentida de agradecimento à minha família, muito especial à minha mulher por todo o apoio, todo o carinho e os muitos sacrifícios pessoais que passou ao longo destes oito anos”, afirmou.
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