O Ibovespa Futuro opera com baixa nesta quinta-feira (28), com investidores digerindo a prévia da inflação de dezembro, enquanto aguardam por falas do ministro da Fazenda e dados do mercado de trabalho.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,40% em dezembro, após ter registrado alta de 0,33% em novembro, informou nesta quinta-feira (28) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O desempenho veio acima do esperado pelo consenso da LSEG, que era de inflação de 0,27%.
Às 10h, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concederá entrevista coletiva, quando deve anunciar medidas para compensar a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos, que beneficia 17 setores da economia e cuja validade foi estendida pelo Congresso até 2027.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a vetar integralmente o texto, mas o veto foi derrubado pelos parlamentares por ampla maioria. A estimativa é que a renúncia de receita seja da ordem de R$ 25 bilhões no próximo ano.
Mais tarde, saem os dados do Caged, com consenso LSEG prevendo a criação de 142.841 vagas de emprego em novembro.
Às 9h26, o índice futuro com vencimento em fevereiro de 2024 operava com desvalorização de 0,31%, aos 135.650 pontos.
Em Wall Street, os índices futuros dos Estados Unidos operam mistos, com as atenções voltadas para a possibilidade do S&P 500 atingir um recorde e para a divulgação dos dados semanais de pedidos de seguro-desemprego nos EUA, às 10h30.
O S&P 500 fechou em 4.781,58 na quarta-feira, pouco antes de seu máximo histórico de fechamento de 4.796,56 em 3 de janeiro de 2022.
Nesta manhã, o Dow Jones Futuro caía 0,17%, S&P Futuro recuava 0,01% e Nasdaq Futuro operava com alta de 0,21.
Dólar hoje
O dólar comercial operava com alta de 0,23%, cotado a R$ 4,843 na compra e R$ 4,845 na venda.
O dólar futuro (DOLF24) para janeiro, por sua vez, subia 0,40%, indo aos 4,844 pontos.
Enquanto isso, DXY, índice que mede a força do dólar perante à uma cesta de moedas, opera com baixa de 0,23%, a 100,76 pontos.
No mercado de juros, os contratos operavam com alta após prévia da inflação de dezembro subir acima do esperado. O DIF25 opera com alta de 0,07 pp, a 10,06%; DIF27, +0,10 pp, a 9,74%; DIF29, +0,06 pp, a 10,07%; DIF31 +0,04 pp, a 10,25%.
Exterior
As bolsas europeias operam majoritariamente em baixa na manhã desta quinta-feira, 28, revertendo modestos ganhos da abertura, em um pregão sujeito a volatilidade em meio à liquidez reduzida de fim de ano.
A perda de fôlego na Europa pode ter sido motivada pelos índices futuros das bolsas de Nova York, que ficaram mistos mais cedo, com queda do Dow Jones.
Desde meados de dezembro, no entanto, quando o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) sinalizou que poderá começar a reduzir juros em 2024, os mercados acionários globais têm mostrado tendência de valorização. Há expectativas de que o Banco da Inglaterra (BoE) também anuncie seu primeiro corte de juros no ano que vem. Para o Banco Central Europeu (BCE), por outro lado, ainda não há perspectiva semelhante.
A agenda da Europa está vazia nesta quinta, mas a dos EUA traz indicadores econômicos, incluindo a pesquisa semanal sobre pedidos de auxílio-desemprego, que é uma importante medida da saúde do mercado de trabalho americano.
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira, com ganhos liderados por Hong Kong, em meio à tendência de valorização global dos mercados acionários com expectativas de afrouxamento monetário.
O Hang Seng avançou 2,52% em Hong Kong, a 17.043,53 pontos, graças a uma forte demanda por ações de tecnologia e do setor imobiliário. No ano, porém, o índice do território semiautônomo mostra o pior desempenho na região da Ásia e do Pacífico, com perdas de cerca de 14%.
Na China continental, os mercados foram favorecidos hoje por papéis ligados ao turismo e a semicondutores. O Xangai Composto subiu 1,38%, a 2.954,70 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto garantiu alta mais expressiva, de 2,30%, a 1.817,38 pontos.
Commodities
Os preços do petróleo operam com baixa, em meio a temores sobre a escalada das tensões no Oriente Médio.
As cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa, à medida que os participantes do mercado se preparavam para uma contração sustentada na atividade manufatureira na China.
A atividade manufatureira da China provavelmente contraiu pelo terceiro mês consecutivo em dezembro, mostrou uma pesquisa da Reuters, influenciada pela fraca demanda por bens manufaturados, uma leitura que encorajaria os apelos por mais apoio político.
Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência para janeiro, SZZFF4, caiu
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