O Presidente da República enviou, esta segunda-feira, condolências à família do fundador da Orfeu, Arnaldo Trindade, que recordou como “uma das figuras mais importantes da música em Portugal entre as décadas de 1960 e 1980”.
O histórico editor de música Arnaldo Trindade, fundador da Orfeu, morreu, aos 89 anos, anunciou, esta segunda-feira, a família nas redes sociais, sem adiantar mais pormenores.
“Dar a ouvir é tão importante como compor, tocar ou cantar, e nessa medida Arnaldo Trindade foi uma das figuras mais importantes da música em Portugal entre as décadas de 1960 e 1980”, refere uma nota divulgada na página da Presidência da República.
Marcelo Rebelo de Sousa destaca que “a sua ousadia e o seu gosto marcaram um tempo na música portuguesa e marcaram o país muito além da música”.
“Fundador da editora Orfeu, deu-nos a ouvir José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Vitorino, Sérgio Godinho ou Fausto, e foi através dele que ouvimos também música popular e música clássica, fado e pop, e a voz dos poetas, começando com Miguel Torga, em 1956”, refere o texto do chefe de Estado, que envia ainda “sentidas condolências” à família.
Numa mensagem publicada na conta de Facebook de Arnaldo Trindade pode ler-se que o velório será na Igreja de Cristo-Rei, no Porto, a partir das 16:30 de terça-feira, com o funeral a realizar-se na quarta-feira, às 10:00.
Fundador da editora Orfeu, na década de 1950, comprou a Rádio Triunfo, e convidou “vários poetas e prosadores a gravarem os seus trabalhos, ditos pelos próprios: Miguel Torga, José Régio, Sophia de Mello Breyner, Eugénio de Andrade, Daniel Filipe, Aquilino Ribeiro”, entre outros, como se pode ler na biografia publicada no livro de poesia “Jogos de Xadrez e da Vida”, com que se estreou no género, em 2013.