O governo do Nepal proibiu os seus cidadãos de irem trabalhar para a Rússia ou para a Ucrânia, alegando que muitos deles foram recrutados pelo exército russo para combater no conflito.
Foi emitido um aviso pelo Departamento de Emprego do país dando conta que tinha informações de que cidadãos nepaleses a combater pelas forças russas tinham sido mortos, estando a investigar o caso, reporta a Associated Press (AP).
Ao que tudo indica, pelo menos 10 nepaleses foram mortos na sequência dos combates e que outros quatro terão sido capturados pelas tropas ucranianas.
Haverá também alguns cidadãos nepaleses a combater como soldados contratados pelo lado da Ucrânia, informação essa que não foi detalhada pelo governo.
A AP reporta que, todos os anos, dezenas de milhares de nepaleses vão para o estrangeiro em busca de trabalho e uma vida melhor. Para isso, são obrigados a obter uma autorização do governo antes de deixarem o Nepal.
De recordar que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, emitiu um decreto-lei na quinta-feira que permite que cidadãos estrangeiros que lutam pelo país na Ucrânia obtenham a cidadania russa para si e para as suas famílias.
O decreto-lei estabelece que as pessoas que assinaram contratos durante a chamada “operação militar especial” na Ucrânia podem solicitar a obtenção de passaporte interno russo (documento de identidade obrigatório para todos os cidadãos russos residentes na Rússia com 14 anos ou mais) para si e para seus cônjuges, filhos e pais, noticiou a Reuters.
Os elegíveis incluem pessoas que assinaram contratos com as forças armadas regulares ou outras “formações militares” – uma descrição que pode ser aplicada a grupos como a organização mercenária Wagner – e devem fornecer documentos que comprovem que se inscreveram durante, no mínimo, um ano.
A medida parece ter como objetivo criar incentivos adicionais para que estrangeiros com experiência militar se juntem aos combatentes russos na guerra da Ucrânia.
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